Em poucos minutos e com intensos protestos dos servidores públicos, que lotaram o plenário, a Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul aprovou, por 13 votos a 7, a reforma da Previdência Estadual nesta terça-feira (28).
Votaram a favor do projeto de lei os deputados Beto Pereira (PSDB), Mara Caseiro (PSDB), Onevan de Matos (PSDB), Rinaldo Modesto (PSDB), Felipe Orro (PSDB), Enelvo Feline (PSDB), Antonieta Amorim (PMDB), Eduardo Rocha (PMDB), Márcio Fernandes (PMDB), Renato Câmara (PMDB), Herculano Borges (SD), Paulo Corrêa (PR), George Takimoto (PDT) e Zé Teixeira (DEM).
Os deputados que votaram contra a reforma da previdência dos servidores foram deputados Coronel David (PSC), Paulo Siufi (PMDB), Lídio Lopes (PEN), Pedro Kemp (PT), Cabo Almi (PT), João Grandão (PT), Amarildo Cruz (PT). Ausentes na sessão, Felipe Orro (PSDB), Maurício Picarelli (PMDB), Grazielle Machado (PR).
Para impedir entrada dos servidores, ALMS foi cercada por policiais militares
Os prédios da Assembleia Legislativa e Governadoria amanheceram amplamente cercados por policiais militares. Alguns manifestantes dormiram dentro da sede do Legislativo estadual já prevendo segurança reforçada à casa de leis para controlar protestos no dia que deputados estaduais marcaram para votar a reforma da Previdência proposta pelo Governo do Estado.
Protestantes que ficaram do lado de fora da Assembleia Legislativa invadiram. De forma bastante truculenta, policiais do Batalhão de Choque da Polícia Militar tentaram impedir, utilizando bomba de efeito moral e cassetete, mesmo assim parte dos manifestantes entrou no prédio.
Com a invasão, as grades que cercavam o prédio foram derrubadas e parte do vidro da porta de entrada foi quebrada. A cavalaria da Polícia Militar fez um corredor no pátio.
Por que os servidores são contra a reforma do sistema previdenciário estadual?
Entre outros fatores, os servidores estaduais se posicionam contra o projeto que eleva a contribuição da Previdência. Um dos pontos que gera maior discordância é a fusão dos dois fundos previdenciários existentes, um deficitário e o outro superavitário em R$ 400 milhões. A fusão é combatida pelos sindicatos sob a alegação que, o fundo que tinha superávit, onde estão armazenados recursos das previdências dos servidores contratados a partir de 2012 – sofrerá um rombo em pouco tempo.